A Europa está na obrigação de apagar um novo e grave incêndio. Depois de vários dias de rumores persistentes nos mercados financeiros, ontem a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, lançou publicamente dúvidas sobre a liquidez do sistema financeiro da União Europeia.
As dúvida de Lagarde recaem sobre a dívida soberana de países como Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Itália. O resultado: valores bancários em queda brusca nas bolsas e pressão nas costas dos ministros de Economia do G-7, que se reuniram em Marselha.

Mas o pior veio após o pronunciamento de Christine Lagarde em Londres. Em discurso na prestigiada Chatham House, a diretora-gerente do FMI afirmou que os bancos do bloco poderiam de fato enfrentar problemas de liquidez em caso de reestruturação das dívidas soberanas na periferia da Europa e podem precisar de recapitalização. "Nós não devemos subestimar os riscos de uma propagação da fraqueza econômica, ou pelo menos uma crise de liquidez debilitante. Por isso é preciso agir com urgência para que os bancos possam retornar à atividade de financiamento da atividade econômica", argumentou.
Em seu discurso, a diretora-gerente do FMI pregou que os países do G-7 ajam "agora e com audácia" para estimular suas economias. O objetivo é evitar um segundo mergulho na recessão. Um dos sinais que alarmam as autoridades é o desempenho do mercado interbancário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Edinho Trajano, com Agência Estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário