A resolução que determinou atendimento mínimo diário de oito horas no Judiciário de todo o país ganhou um novo aliado. Depois de a medida ser suspensa no Supremo Tribunal Federal (STF), a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou defesa para que a regra volte a valer.
A resolução que previa o atendimento uniforme foi aprovada em março, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). De acordo com a regra, todas as repartições do Judiciário no país deveriam atender o público, no mínimo, das 9h às 18h, de segunda a sexta-feira. A regra entrou em vigor depois de sucessivas reclamações sobre os diferentes horários de expediente em tribunais, inclusive em relação a dias da semana.
A solução encontrada pelo CNJ causou polêmica porque, em muitas repartições do interior do país, não há servidores suficientes para manter o atendimento no horário determinado, o que levaria a uma extensão da jornada de trabalho.
No dia 30 de junho, o ministro Luiz Fux, do STF, suspendeu a medida liminarmente ao analisar ação ajuizada pela Associação dos Magistrados Brasileiros. O ministro entendeu que há dúvidas sobre a capacidade de o CNJ regulamentar o horário de funcionamento do Judiciário.
Foi nessa mesma ação que a AGU apresentou defesa, alegando que é responsabilidade do CNJ controlar a atividade administrativa e financeira do Judiciário e o posicionamento ético-disciplinar dos servidores. Ainda não há previsão de data para o plenário do Supremo analisar o mérito da questão.
Edinho Trajano, com Agência Brasil.
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