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sábado, 27 de agosto de 2011

Frei Anastácio diz que fábrica vai prejudicar mais de duas mil famílias em Alhandra


O parlamentar disse que a instalação de uma fábrica de cimento, em áreas que já foram desapropriadas para a Reforma Agrária, representa voltar ao passado. “Já foi até publicado que a área de exploração do calcário, matéria-prima para fazer o cimento, será cerca de 2.400 hectares. Isso compromete todas as áreas de assentamento. Nós estamos com o mapa do projeto com toda essa definição, que está revoltando as famílias que querem permanecer na terra”, afirma.

O deputado estadual Frei Anastácio disse hoje que estão querendo desqualificar a luta dos trabalhadores e trabalhadores de assentamentos da Grande Mucatu,que estão nos municípios de Alhandra,Conde e Pitimbu, contra a instalação de uma fábrica de cimento. “Essa fábrica vai prejudicar 2.570 famílias, em troca de 500 empregos que o empreendimento irá oferecer”, explicou Frei Anastácio.
O parlamentar disse que não é contra o desenvolvimento de Alhandra, nem dos demais municípios vizinhos (Caporã, Conde e Pitimbú). “Nós queremos, sim, o desenvolvimento, mas não aceitamos isso com retrocesso, com retirada de famílias de suas terras conquistadas com suor, sangue e lágrimas. Por que eles não procuram outra área, em Alhandra”, indagou.

O petista lembra que todas essas famílias que estão sendo ameaçadas pela fábrica viviam na pobreza, não tinham nem alimento para comer. Depois que conquistaram as terras mudaram de vida, passaram a ter independência econômica. “Se esse fábrica fosse instalada para onde iriam essas 2.570 famílias que hoje moram e trabalham nas 27 comunidades e assentamentos destes municípios? As agricultoras e agricultores produzem toneladas de alimentos que abastecem as Feiras locais, as CEASAS de João Pessoa, Campina Grande, Recife e Fortaleza. Com certeza esses alimentos também farão falta na mesa de toda a população”,argumentou Frei Anastácio.

Além disso, o parlamentar afirma que tem a questão ambiental. Segundo ele, pesquisas desenvolvidas pela UFRPE mostram que aquela região possui a maior reserva de água doce do litoral nordestino, ou seja, água para o consumo humano.


“Com a exploração deste tipo de atividade, toda essa água, as nascentes de rios e açudes serão destruídos. As matas e florestas que nós preservamos também serão destruídas por esta Fábrica. O que nós defendemos é o desenvolvimento com vida digna e respeito à Mãe Terra e aos nossos Direitos”, finalizou.




Rita Bizerra, com assessoria

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