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sábado, 23 de julho de 2011

Cor da pele influencia no trabalho do brasileiro, aponta IBGE.

Uma nova pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (22) aponta que a maioria dos brasileiros acredita que a raça exerce influência importante em suas vidas --principalmente em relação a mercado de trabalho.
Denominado “Pesquisa das características étnico-raciais da população: um estudo das categorias de classificação de cor ou raça”, o levantamento considera informações de 2008 coletadas nos Estados do Amazonas, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal em uma amostra de 15 mil domicílios. Ao todo, foram utilizadas cinco categorias de classificação de raça adotadas pelo instituto --branca, preta, parda, amarela e indígena --, além de “morena” e “negra”.
De acordo com a pesquisa, a maior parte dos entrevistados, 63,7%, avaliou que a cor ou raça influencia em suas vidas, sobretudo entre os pesquisados do DF --77%, e menos entre os do AM –54,8%. Em todos os Estados, por sinal, mulheres e pessoas entre 25 e 39 anos sobressaíram nessa resposta.
Já o percentual de brasileiros para quem a cor ou raça influencia principalmente no trabalho chegou a 71%, seguido dos que apontaram a “relação com justiça/polícia” (68,3% dos entrevistados), “convívio social” (65%), “escola” (59,3%) e “repartições públicas” (51,3%).
Estudo inédito
De acordo com o pesquisador Luiz Flavio Petruccelli, do IBGE, o diferencial desse estudo em relação a outros que o instituto desenvolveu é o ineditismo de se indagar sobre a influência de algo na vida do cidadão. “Até então as pesquisas trataram de coisas concretas, como saneamento e renda, e agora, pela primeira vez, a pesquisa envolveu a opinião do entrevistado”, afirmou.
Para o pesquisador, a predominância entre aqueles que avaliaram o trabalho como área em que a cor ou a raça mais exerce influência não surpreendeu.
“Praticamente dois terços disseram, em outras palavras, que recebem tratamento diferenciado por questões de raça ou cor; ou que não é contratado por preconceito de cor. Mas são momentos, situações da vida –assim como a relação com a Justiça e a polícia, também citada. Os dados apontam para isso”, concluiu Petruccelli.
Estratificação e metodologia

Do universo fechado de entrevistas, 96% das pessoas ouvidas afirmaram que sabem fazer sua autoclassificação no que diz respeito a cor ou raça. A maioria, 65%, utilizou uma das cinco categorias de classificação do IBGE: branca (49,0%), preta (1,4%), parda (13,6%), amarela (1,5%) e indígena (0,4%), além de “morena” (21,7%) e “negra” (7,8%).
O Amazonas teve o menor percentual dos que se autoclassificam “brancos” (16,2%) e o maior de “morenos” (49,2%). Já o maior percentual da resposta “negra” foi no Distrito Federal (10,9%), onde as respostas “branca” e “parda” tiveram proporções iguais (29,5%).
As entrevistas foram feitas com uma pessoa por domicílio, e 15 anos ou mais de idade, e se basearam na identificação do entrevistado a partir de uma pergunta aberta sobre como se autoclassificavam sobre cor. Os pesquisadores também indagaram a origem familiar (africana, européia, do Oriente Médio, entre outras) e se o entrevistado se reconhecia com uma série de alternativas de identificação (afro-descendente, indígena, amarelo, negro, branco, preto e pardo), além de levantar informações sobre educação e inserção ocupacional do pai e da mãe da pessoa entrevistada.
Rita Bizerra, com UOL

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